Gêmeas unidas pela cabeça têm boa resposta após 2ª etapa de separação; nova cirurgia deve ocorrer em fevereiro
Gêmeas siamesas: médico explica etapas de separação no HC de Ribeirão Preto Após passarem pela segunda etapa da cirurgia de separação no Hospital das Cl...
Gêmeas siamesas: médico explica etapas de separação no HC de Ribeirão Preto Após passarem pela segunda etapa da cirurgia de separação no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), as gêmeas que nasceram unidas pela cabeça, Heloísa e Helena, apresentam boa resposta na recuperação e devem receber alta para permanecer no quarto na quarta-feira (12), afirma o médico e professor Jayme Farina Junior. A expectativa é de que a próxima etapa ocorra no fim de fevereiro de 2026 (no vídeo acima, entenda o que já foi realizado e quais os próximos passos). "Felizmente correu tudo bem. Foi feita mais uma etapa de separação dos cérebros e nós conseguimos completar as incisões cutâneas, unindo com os cortes iniciais que fizemos em agosto", disse Farina Júnior, que comanda a equipe multiprofissional envolvida no procedimento. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp As gêmeas siamesas têm 1 ano e dez meses e são de São José dos Campos (SP). Planejado desde 2024, o procedimento consolidado pelos médicos da USP nos últimos anos é composto por cinco fases espaçadas por meses. A primeira etapa foi realizada em 23 de agosto e durou em torno de oito horas. Cirurgia delicada e espaçada Elaborado com uso de modelos tridimensionais e realidade aumentada, nas quatro primeiras etapas o procedimento foca na separação dos tecidos, vasos sanguíneos e estruturas que unem os crânios e os cérebros. "Tem que ser uma separação muito delicada, não pode ser rápida, porque provoca muio sangramento, é uma cirurgia bem delicada e o cérebro precisa ir se adaptando." Na quarta etapa, os médicos também aproveitam para inserir enxertos ósseos e expansores de pele, o que serve de preparação para a etapa final, de cirurgia plástica, com o fechamento dos tecidos que revestem as cabeças. Médicos do HC de Ribeirão Preto (SP) realizaram segunda etapa de cirurgia de separação de Heloísa e Helena, que nasceram unidas pela cabeça. Divulgação/ Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto LEIA TAMBÉM Segunda cirurgia de separação das gêmeas siamesas é concluída com sucesso em Ribeirão Preto, SP 'Emocionada com outro caso que deu certo', diz mãe das primeiras gêmeas unidas pela cabeça separadas no Brasil Segundas gêmeas que nasceram unidas pela cabeça deixam CTI após separação total Modelos 3D e planejamento: como é cirurgia que tornou Ribeirão Preto referência em separação de siameses unidos pela cabeça De acordo com Farina Junior, a terceira e quarta etapas devem ser realizadas no fim de fevereiro e em março. Em meados de 2026, deve ocorrer a separação total. Segundo o médico Marcelo Volpon, também integrante da equipe, o formato dos crânios das gêmeas, mais estreito nas laterais, é um dos fatores que têm contribuído para um melhor mapeamento das áreas de cirurgia. "Foi favorável, porque, entre outros fatores, têm uma redução do diâmetro lateral no crânio. Isso nos permitiu fazer essa navegação circunjacente de maneira que conseguimos encontrar os parâmetros laterais e a gente já conseguiu contornar bastante essas áreas de conjunção, tanto cerebral quanto de vasos", explica. Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, SP Ronaldo Gomes Histórico positivo O caso de Heloísa e Helena é o terceiro conduzido pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que se tornou referência nacional em cirurgias de separação de gêmeos siameses. O primeiro procedimento foi registrado em 2018, após dois anos de acompanhamento e análise. Na ocasião, os médicos conseguiram separar as irmãs Maria Ysabelle e Maria Ysadora, do Ceará. Já o segundo caso envolveu as gêmeas Alana e Mariah, nascidas em Ribeirão Preto e criadas em Piquerobi (SP). A separação definitiva ocorreu em agosto de 2023, após um procedimento que durou 25 horas. Realidade aumentada ajuda médicos do HC de Ribeirão Preto em cirurgia de separação de gêmeas siamesas. Divulgação/ HC de Ribeirão Preto Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca