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Meta vence processo nos EUA que tentava reverter compra do Instagram e WhatsApp

Facebook, Instagram e WhatsApp, plataformas da Meta Richard Drew/AP A Meta venceu nesta terça-feira (18) uma ação movida pelo governo dos Estados Unidos que ...

Meta vence processo nos EUA que tentava reverter compra do Instagram e WhatsApp
Meta vence processo nos EUA que tentava reverter compra do Instagram e WhatsApp (Foto: Reprodução)

Facebook, Instagram e WhatsApp, plataformas da Meta Richard Drew/AP A Meta venceu nesta terça-feira (18) uma ação movida pelo governo dos Estados Unidos que buscava reverter as aquisições do Instagram e do WhatsApp, realizadas na década passada. Segundo o juiz federal James Boasberg, a empresa não detém um monopólio de redes sociais. A decisão representa a primeira vitória para as big techs contra a operação antitruste da Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA, que começou ainda no primeiro mandato do presidente Donald Trump. A FTC também move um processo contra a Amazon. A agência federal buscava forçar a Meta a se reestruturar ou vender o Instagram e o WhatsApp para permitir a concorrência, alegando que a empresa gastou bilhões de dólares nas aquisições para eliminar outros rivais. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Compra de plataformas rivais O Facebook comprou o Instagram em 2012 e, dois anos depois, adquiriu o WhatsApp. A FTC não tentou bloquear os acordos na época, mas processou a empresa em 2020, alegando que a Meta, então conhecida como Facebook, detinha um monopólio sobre as plataformas dos EUA usadas para compartilhar conteúdo com amigos e familiares. A agência argumentou que os principais concorrentes da Meta nesse mercado eram o Snapchat e o MeWe, um pequeno aplicativo de rede social focado em privacidade que foi lançado em 2016. Ela distinguiu essas plataformas daquelas onde usuários transmitem conteúdo para estranhos com base em interesses em comum, como X, TikTok, YouTube e Reddit. Em um julgamento no último mês de abril, a FTC citou declarações do Facebook sobre os acordos, incluindo um e-mail de 2008 no qual o CEO Mark Zuckerberg disse que "é melhor comprar do que competir". A Meta argumentou que a FTC havia ignorado a pressão competitiva do TikTok, do YouTube e do aplicativo de mensagens da Apple, entre outros. A empresa também defendeu as aquisições, afirmando que comprar empresas que se destacam em novos recursos, em vez de criar produtos concorrentes, é uma estratégia de negócios válida. O juiz James Boasberg concordou em grande parte com o argumento da Meta de que as redes sociais mudaram desde os dias em que o Facebook era usado principalmente para atualizações de status pessoais. "O cenário que existia há apenas cinco anos, quando a Comissão Federal de Comércio abriu este processo antitruste, mudou de forma acentuada", disse Boasberg. O que diz a Meta Após a decisão, a Meta disse que seus produtos "são benéficos para as pessoas e para os negócios, e exemplificam a inovação e o crescimento econômico americano". "Esperamos continuar a parceria com o governo e a investir na América", acrescenta a empresa. Questionada pela Reuters, a FTC não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. As ações da Meta reduziram as perdas após a notícia e caíam apenas 0,3%, para US$ 600,37, nas negociações da tarde.