Policial civil é réu após ser flagrado com R$ 130 mil por venda de vapes apreendidos
Augusto Torres foi preso com R$ 160 mil, em Três Lagoas (MS). Redes Sociais e PF/Reprodução A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Fe...
Augusto Torres foi preso com R$ 160 mil, em Três Lagoas (MS). Redes Sociais e PF/Reprodução A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu o policial civil Augusto Torres Galvão Florindo por corrupção passiva. Ele foi preso em flagrante em 28 de novembro, após receber R$ 130 mil em dinheiro, em Cuiabá, como pagamento por produtos desviados da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras). Além do policial, o ex-guarda municipal Marcelo Raimundo da Silva e a esposa dele, Ana Cláudia Olazar, também vão responder à Justiça por corrupção ativa, com participação conjunta. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp A decisão foi assinada pela juíza Franscielle Martins Gomes Medeiros. Com o recebimento da denúncia, o processo entra agora na fase de produção de provas, com a oitiva de testemunhas indicadas pelo MPF e pelas defesas. Augusto e Marcelo seguem presos preventivamente desde o dia da prisão. Pedido de liberdade é negado Após se tornar réu, Augusto pediu a revogação da prisão durante o plantão judicial. A defesa argumentou que, embora ele tenha sido inicialmente preso sob suspeita de outros crimes, a denúncia apresentada pelo MPF trata apenas de corrupção passiva. Também citou condições pessoais do policial, como endereço fixo e atividade profissional. LEIA TAMBÉM: PF descobre esquema de contrabando de vape ao prender policial do Garras com R$ 130 mil em MS Contrabando de vape: policial preso com R$ 130 mil é afastado do Garras O pedido foi analisado pelo juiz federal Pablo Rodrigo Diaz Nunes, que rejeitou a solicitação. Segundo o magistrado, o MPF não descartou as demais suspeitas e o contexto do caso continua grave. “O requerente é policial civil que atua na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) da Polícia Civil; o valor apreendido é vultoso; a dinâmica dos fatos indica funcionamento de organização criminosa; e os codenunciados respondem a outros processos/inquéritos”. Diante disso, o juiz afirmou que a análise do pedido de liberdade deve ser feita pelo juiz responsável pelo processo, após o fim do plantão. “O pleito deverá ser encaminhado ao Juízo Natural da causa tão logo encerrado o plantão judiciário.” Como ocorreu a prisão No dia 28 de novembro, policiais flagraram Augusto recebendo uma sacola com R$ 130 mil em espécie, entregue por Marcelo Raimundo. Em depoimento, o policial civil afirmou que o dinheiro se referia à venda de mercadorias ilegais, principalmente cigarros eletrônicos, que teriam sido apreendidos e desviados. Ele reconheceu que outras pessoas participaram do esquema, incluindo policiais, mas não revelou nomes. Augusto também não esclareceu se os produtos saíram diretamente do depósito da Garras ou se foram tomados de contrabandistas que acabaram liberados após as apreensões. Marcelo, por sua vez, admitiu atuar no contrabando. Ele já responde por outros crimes e usava tornozeleira eletrônica, mas continuava negociando produtos ilegais. Em depoimento, disse que apenas fez a entrega do dinheiro a pedido de um contrabandista de São Paulo, com quem mantém contato frequente. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: